quarta-feira, janeiro 27

A inexorável ansiedade do ser

(...) não era um, eram dois. Eram sempre ele e sua robusta ansiedade. A ela, queria matar. E queria não mais ser dois, mas três. Queria ser Fabiano, Xico e Antônio. O Xico, Sá. O Antônio, Prata.

O Xico, pelo escracho inteligente, a safadeza inerente e o portunhol convincente. O Antônio, pela sensível fluidez das idéias mirabolantes e únicas que viravam palavras mirabolantes e únicas em textos redondos.

Enquanto o Xico xarope xingava, Antônio saltitava entre parágrafos. E Fabiano engatinhava ali no meio, escrevendo sem personalidade, cheio de dúvidas entre suas vírgulas. Porque ansiava e sofria, antecipado. (...)


*Parte do texto que escreverei quando for um escritor de sucesso. Não que eu esteja ansioso para sê-lo, mas pra que deixar para amanhã o que se pode fazer hoje?

4 comentários:

thiago earp disse...

ah, a boa e velha ansiedade de estimação...

Unknown disse...

Fabis.. sensacional! rs
Beijos

carolina fiuza disse...

Esse estava guardado, ne Fab's. Ja o tinha lido.

Fabiano Battaglin disse...

Esse estava na gaveta, esperando que eu ficasse famoso. Mas, a ansiedade...