sexta-feira, novembro 6

@fbattaglin tem texto novo no blog.



Tem duas coisas nas quais eu reparo mais do que em outras: mapas e o uso da língua portuguesa. Por exemplo, não gostei da frase aí de cima. Pode parecer ridículo, mas se um mapa geopolítico da Alemanha democrática pós-reunificação ou uma mesóclise quase me levam ao orgasmo, o problema é meu.

Pois bem, vamos à Nossa Língua. Acho interessante a variedade e a riqueza das frases de MSN, Twitter, Orkut, Facebook ou de qualquer outra desculpa tecnológica para matar trabalho.

Além de excessivas abreviações e erros ortográficos, não existem muitas convenções ou regras no que tange à construção dos períodos que são expostos a milhares de pessoas (se você é pop) ou àqueles seus 3 seguidores (loser) nesse mundo sem leis.

Uma das coisas que me intrigam é o fato de começar a ler uma frase sem saber se ela foi escrita em primeira ou terceira pessoa. Explico: “@marialuiza tá muito quente hoje!” E aí, é a Maria Luiza fazendo considerações exclamativas sobre o tempo ou a garota está num período de tensão sexual? Febre, talvez?

A ambigüidade é incitada pela pergunta feita na caixa de texto destinada à escrita da frase (o que você está fazendo?) somada ao modo como é visualizado o que o usuário escreveu. Muitas vezes, não há espaço entre o nome da pessoa e a frase por ela escrita.

Outro episódio: abro o MSN e deparo-me com um “Ighor – vendo jogo”. Pensei que, finalmente, ia encontrar aquela edição de luxo limitada do War que procurava há séculos. Mas, não. Era apenas um tricolor desesperado vendo seu time tentar uma vaga na semifinal da Sul-americana.

Eu critico, mas sei que a vida é assim. Nunca sabemos ao certo o que encontraremos. Aliás, quase nunca. Se o Pelé usasse o Twitter, com certeza usaria só a terceira pessoa. Ou seria o Edson?

quarta-feira, novembro 4

Fé demais


stillness
Upload feito originalmente por ღĴęNňζ™




Brisa ideal das costas largas
platônico vento alcança?
Vento e música: ato puro
sexo alcança?

Mergulha, procura, Epicuro.
O lado de cá cansa.