sexta-feira, outubro 19

Asfalto é da elite

Li no blog do Baroli: “Sem meias palavras, conhecemos as entranhas da instituição que combate e colabora com a desgraça, com a tristeza do morro que fornece alegria para o asfalto.”

É um trecho da crítica (?) do jornalista ao “Tropa de Elite”. Mas minha intenção aqui não é falar do filme, assunto batido. Ao ler a frase, lembrei do Diogo Mainardi. Já gostei mais dele. Hoje, acho muito do contra, só critica. Principalmente o Brasil. Mas nesse assunto, particularmente, hei de concordar com ele. Na nossa terrinha tupiniquim, asfalto vira sinônimo de luxo, progresso.

A tristeza que sai da terra batida da favela na mochila jeans de um universitário descolado, chega ao asfalto do bairro chique pra fazer a alegria no pôr-do-sol em Ipanema. Ipanema, Jardins e afins. Não é uma questão só do Rio de Janeiro, ou da São Paulo.

“A América Latina só é boa pra emigrar”, diz o Diogo. “Esse Diogo é um fanfarrão”, diz o Fabiano. Mas esse último pensa melhor e tem que apoiar. Num país onde uns escrevem textos ralos a bordo de um laptop numa tarde de sexta-feira, outros servem de aviãozinho no morro (sem asfalto) sob a mira do calibre 12 do Capitão Nascimento. Que ganha quinhentos reais.

Aí a nossa elite, que não é a tropa, faz manifestos online contra a CPMF e o bloqueio de celulares. Enquanto isso, na favela, eles não querem só comida. Querem asfalto também.

*Fabiano Battaglin é contra a CPMF e o bloqueio de celulares. É um absurdo!

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu tenis é so barro! Será que é porque moro na ZL? eheheh

bjs

Anônimo disse...

Agora Cap. Nascimento é ''classe media'' ganha 1500, se tiver bastante carnê das casas bahia é ''classe A'', segundo o IBOPE!
lili